domingo, 2 de fevereiro de 2014

"O VELHO, O MENINO E O BURRO"

                                            



                      
                                "O VELHO, O MENINO E O BURRO"

Conta tradição antiga
Que um velho camponês
Precisando de dinheiro
Em certa altura do mês
Manda o filho caçula
Buscar o burro ou a mula
Para vender dessa vez.

O menino vem ligeiro
Trazendo o belo burrinho,
Seguiram os três pra cidade
Logo de manhã cedinho
Ninguém montou no animal
Pra ele não dar sinal
De cansaço do caminho.

Porém numa curva
Da estrada
Viram um viajante
Que falou: - “Que “besteira”!
O animal vai vazio
E o pobre velho senil
Vai a pé na caminhada”

- “Vejam, só, que grande asneira
É promessa ou penitência?”
E o velho lhe deu razão
E foi no burro montando
E o menino  puxando
Na mais pura inocência.

E foi dizendo o velhote
- “Só assim ninguém reclama
E tapo a boca do mundo!”
Logo à frente as lavadeiras
Lavando nas corredeiras
Gritaram: - “Mas que burrama!”

  - “Um marmanjão com saúde
Muito contente montado
E um pobre menininho
Puxando o burro! Ah, malvado!...
Este mundo está perdido
Desça daí seu bandido
Que o menino está cansado!”

Depois dessa, o pobre velho
Indignado acenou
E na garupa do burro
O seu menino montou
E disse ali sem demora:
- “Quero ver quem fala agora!?”
E o seu caminho continuou

Mas não deu nem dez minutos
Desponta ali na frente
Montado na bicicleta
Um roceiro e diz: - “Oxente!
O pobre desse animal
Não vai chegar ao final
Com esse peso em dia quente!”

 Disse isso e foi-se embora
E o velho concordando
Desce, deixando o menino
E sai na frente puxando
Mas encontra outro sujeito
Que ao menino curva o peito:
- “Majestade!” O vai saudando.

Logo pergunta o menino:
- “Por que falas: majestade?”
- “Porque somente os príncipes
Tem servo na tua idade
Puxando as montarias
Não fosses rei não terias
Lacaio à tua vontade!”

- “Lacaio, eu?” – Diz o velho
- “Mas que grande desaforo!”
Desça ligeiro menino
Pra não ouvir este coro
Vamos com o burro nas costas
Pra ver se o mundo assim gosta
E não faça mais agouro

E os dois com o burro nas costas
Qual estranho ritual
Encontram alguns rapazes
Que fazem tal carnaval
Gritando: - “Vejam três burros
Só falta soltarem zurros
Quem é o mais burro afinal?”

E o velho grita: - “Sou eu!
Burro de orelha também
Querendo escutar o mundo
Sendo aconselhado além
Quem segue o mundo maluco
Vai morrer doido e caduco
Sem nunca agradar ninguém!
 

                                                                     Créditos
                                                                        Autor:  JEAN DE LA FONTAINE
                                                                   Versão:   OLÍVIA COUTO  

   
 No relato acima temos vários ensinamentos que podemos concluir aqui como moral da história:

  •   Não devemos despender atenção irracional às críticas, pois elas surgem com a finalidade de sermos manipulados pela mentalidade de quem critica.
  •   Sempre haverá pessoas para falar mal de você, em vez de cuidarem "do seu próprio nariz" (que é de Pinóquio, diga-se de passagem) rrsrs
  •   Quem  fala mal dos outros é só gente ralé, independente do poder aquisitivo.
 Até na Bíblia Deus nos deixou exemplo de críticas:

Mateus 11: 18,19 "Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio! Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!”


Todos os exemplos acima de moral da história, são os mais conhecidos, mas há mais um que eu vou acrescentar, pois é o que me chama atenção também, neste caso, que é o fato de quem critica não quer nem saber a razão real daquilo que está criticando. Percebemos que na estória de La Fontaine, nenhum dos que falavam mal chegou até o velho e ao menino para perguntar porque eles agiam daquela maneira. Apenas se preocuparam em falar mal, assim como fazem todos os que tem o coração guiado pelo diabo. Fofoqueiros. Gente sem caráter. É assim que nascem as pessoas criminosas: fazendo coisas erradas às escondidas, estelionatários, dão "rasteiras" nos outros (em vários sentidos), batedores de carteiras, ou de algum objeto alheio, etc... (Por quê será que eu tô falando isso??  rrsss)

Bom gente, essa mensagem é apenas a íníciação da mensagem do próximo sábado. Coloquei separadamente para não ficar muito extensa!


Moral da história: Distância dessa gente!



Até mais!



OK!









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